sexta-feira, 29 de abril de 2011

Imprensa divulga a pré-eleição do Lagoense para o jogo desse sábado

Quando será a próxima Corrida?


Você venceu!
Você chegou onde queria.

Se lembra quando lhe disseram que a parada iria ser dura?

Muitos nem tentaram.
Muitos desistiram.
Muitos desanimaram.
Muitos falaram que não valia a pena.
Mas você chegou onde queria.

Foi difícil, a pista estava escorregadia.

Quantas pedras no meio do caminho.

Não eram todos que aplaudiam. Alguns o olhavam com olhar de descrença, diziam: - Coitado, é um sonhador.

Bolhas nos pés, tênis apertado, o suor escorrendo pelo rosto, a ladeira íngreme, e o dramático instante da dúvida: paro ou continuo?

Uma decisão apenas sua.

Havia ainda um longo caminho pela frente,
e havia mais curvas do que retas.

Alguém o animou - Força, cara.

Alguém o provocou - E agora, cara?

Alguém tripudiou - Larga disso, cara.


Lembra?,

você teve uma enorme vontade de ir embora, de pegar suas coisas e dizer - Tchau mesmo, quero que tudo se lixe, pra mim chega, já dei minha cota, não tem mais jeito - e virar as costas à luta, à incompreensão, ao sacrifício.

Talvez tenha diminuído o tamanho do passo, porque ninguém é de pedra e o coração da gente não pode ser medido com trena e compasso. Mas você não parou porque sabia que no meio da multidão havia um recado mudo aguardando a sua decisão.

De sua decisão dependia a esperança de gente que você nem conhecia. Então você tomou um fôlego, abriu o peito, e com os pés no chão e os olhos lá na frente, mandou ver.

Não importava tanto a colocação. Você lutava para construir a sua parte no edifício do destino. E foi seguindo. Sem perceber, arrastou com seu exemplo muitos que pensavam em ficar no meio do caminho.

E você venceu. Você chegou onde queria. Ou você não venceu. Você não chegou onde queria. As coisas não deram certo, você tropeçou, havia um buraco, e outro buraco, e mais um buraco no chão feito de armadilha.

Você caiu, rolou, ah, houve gente que riu! Alguém vaiou. Você não venceu. Você não chegou onde queria. Esfolou a pele, abriu ferida, em vez de estrelas o cobriu um manto cravejado de ridículo.

O suor de seu rosto foi em vão. Em vão seus músculos latejaram. Tudo em vão. Apanhe seu embornal de mágoa, fique de mal com o mundo, abandone a pista. Você teve a tentação.

Mas na multidão alguém esperava seu gesto de conquista. Vamos, rapaz, esfregue a perna. Levante os ombros. Não deixe que se apague o brilho dos seus olhos. Escute o bater abafado do coração que insiste. Você está vivo, e não está vivo à toa.

Você se levantou, se lembra?, e a vaia lhe soou como sinfonia. Recomeçou a corrida e quando, por fim, você chegou - não em primeiro, como sonhava - mas chegou, o suor de seu rosto parecia purpurina.

Todos pensavam que você estivesse satisfeito por haver chegado. Então você recolheu os retalhos de suas forças e perguntou:

- Quando é que vamos disputar a próxima corrida?

E foi neste momento que você venceu e chegou onde queria.


Copiado do blog Atlético Catarinense

3 comentários:

  1. Pré-eleição???? Editor, vc postou esse texto para o Samuca ler? tá de brincadeira ein....até amanhã.

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  2. Será que o Anônimo tá postando também?

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  3. UHHhuHUHUuhUHUH

    to achando que o anônimo ta postando !!!!

    Mas foi boa a mensagem !!

    FLw, até amanhã.

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